A safra brasileira 2015/2016 de cana-de-açúcar, iniciada em abril, deve alcançar 658,7 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 3,8% em comparação com o período anterior (634,8 milhões de toneladas). Os números fazem parte do terceiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje.
Conforme a Conab a estimativa de aumento na produção e na produtividade (3,9%) se deve, sobretudo, à participação dos canaviais da região Centro-Sul que não sofreram os efeitos da falta de chuvas na safra anterior e que prejudicaram a produtividade.
A maior parte da cana colhida vai ser destinada à fabricação de etanol, que representa 57,9% de toda produção. O etanol total deve ter um aumento de 1,9%, ou cerca de 554 milhões de litros, passando de 28,66 bilhões para 29,21 bilhões de litros.
Desse total, a produção de etanol hidratado, utilizado nos veículos "flex-fuel", pode subir 7,4%, ou o equivalente a 1,25 bilhões de litros, saindo de 16,9 bilhões para 18,2 bilhões de litros. Entre as regiões, o Sul não apresentou aumento na produção de etanol hidratado. Já o anidro, destinado à mistura com gasolina, teve redução de 6% (699,8 mil litros), passando de 11,7 bilhões para 11 bilhões de litros.
A produção de açúcar deve diminuir 2,7%, caindo de 35,56 milhões para 34,61 milhões de toneladas, o que representa 947,5 mil toneladas a menos. Os responsáveis pela queda nacional são os Estados de São Paulo, Alagoas, Minas Gerais e Goiás que valorizaram mais a produção de etanol nesta safra. A estimativa é que a moagem já alcança 86,5% do volume colhido no País, sendo 90,2% na região Centro-Sul e 46,3% na Norte/Nordeste (Agência Estado, 17/12/15).