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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O volume da moagem de cana na safra 2015/16 do centro-sul brasileiro dependerá das condições climáticas em São Paulo, o principal produtor do país, onde o processamento está atrasado, disse nesta quinta-feira o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues. Em entrevista à Reuters durante evento no Rio de Janeiro, ele acrescentou ainda que um tempo seco em novembro, que favoreceria os trabalhos de colheita, será decisivo para o total processado da matéria-prima do açúcar e do etanol na safra 15/16. "(A oferta durante a entressafra) vai depender de quanto vai ser processado nessa safra, quem basicamente vai definir isso é São Paulo, que está atrasado na moagem... Vamos ter essa visão em novembro, que é um mês que vai definir qual o tamanho da moagem de cana neste ano", afirmou Padua. A moagem de cana no centro-sul foi projetada anteriormente pela Unica em 590 milhões de toneladas, contra 571,3 milhões de toneladas em 2014/15. Na quarta-feira, a consultoria Datagro estimou a moagem da safra atual em 604,6 milhões de toneladas. Padua afirmou ainda, durante encontro do setor de combustíveis, que algumas usinas deverão moer cana em dezembro, uma situação atípica para algumas empresas, quando habitualmente estariam começando a realizar manutenções em um período tradicionalmente mais chuvoso. Ele disse que outras usinas também deverão começar a moagem da próxima safra (2016/17) no centro-sul antecipadamente, o que pode ajudar a aliviar preocupações com a oferta de etanol na entressafra, no início de 2016. O diretor disse que não vê "estresse" na oferta de etanol durante a entressafra, até porque acredita que a recente alta de preço da gasolina ainda poderá impactar o valor do biocombustível, equilibrando o mercado. "Provavelmente isso (reajuste do preço da gasolina) vai alterar o cenário e vai dar um equilíbrio para o abastecimento do período de novembro a março", afirmou. Ao final de setembro, a Petrobras reajustou em 6 por cento o preço da gasolina nas refinarias. Padua disse ainda acreditar em uma desaceleração nas vendas de etanol na entressafra ante os níveis recordes registrados recentemente, mas informou que ainda é difícil estimar o tamanho dessa desaceleração. "Tem etanol suficiente, não no nível de demanda que estava vendo até agora, evidentemente que não tem como suportar e vender 1,5 bilhão de litros por mês até março do ano que vem, alguma redução nas vendas vai acontecer, mas é difícil estimar o quanto", completou o diretor da Unica. |
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Autor: Fonte: Marketing RGÉ | |||||||||||||||||
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