As operações de açúcar no Brasil vêm prejudicando o desempenho da Bunge há algum tempo.
O CEO da Bunge, Soren Schroder, disse na última terça-feira (13/12), que a venda dos negócios de açúcar no Brasil não é o caminho certo, embora o setor esteja aparentemente entrando num ciclo ascendente.
As operações de açúcar no Brasil, que vêm prejudicando o desempenho da Bunge há algum tempo, foram colocados em revisão estratégica há três anos.Segundo Schroder, a Bunge pode buscar um investidor estratégico de longo prazo, unir-se a outros players do setor, fazer uma oferta pública inicial (IPO) de ações da unidade, ou uma combinação dessas opções. "Somos realistas", disse durante um evento com investidores.
No mesmo evento, executivos da Bunge disseram que vão originar mais grãos não transgênicos e dedicar linhas de produção a óleos e amidos derivados desses grãos, para a fabricação de cookies, biscoitos e outros produtos. Produtos especiais como ingredientes orgânicos e sem organismos geneticamente modificados (OGMs) sempre pareceram algo voltado a um nicho muito específico do ponto de vista de grandes tradings, que negociam grãos por toneladas.
No entanto, a capacidade limitada do setor de alimentos orgânicos e não transgênicos de aumentar a eficiência de forma significativa e obter maiores margens em produtos alimentícios premium levou tradings como a Bunge a se interessarem pelo negócio. Com a escala da Bunge, "podemos aumentar a oferta desses óleos, que são difíceis de conseguir", disseram executivos da trading.