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Entre os dias 22 e 25 de agosto, acontece em Sertãozinho (SP) mais uma Fenasucro & Agrocana. O novaCana conta um pouco da história do evento, que completa 25 anos de existência, e da evolução do setor nesse um quarto de século. Estão presentes os desafios da década de 1990 até os atuais, além das perspectivas de retomada de investimentos para a próxima temporada. Os últimos 25 anos do setor sucroenergético representaram um grande salto tecnológico e de mercado. Por volta da década de 1990, o então setor sucroalcooleiro passava por uma libertação do controle do governo, por uma baixa do até então bem-sucedido Proálcool e por um modelo produtivo ainda pouco tecnológico. Hoje, o etanol de cana-de-açúcar é considerado um exemplo no que se refere à produção de uma fonte de energia renovável. As intenções do governo federal com o RenovaBio prometem desenvolver o potencial nacional e resgatar o setor da crise e do ostracismo consequente de políticas de intervenção de preço governamentais. A situação também não é fácil, mas há esperança. No campo e nas indústrias os avanços são constantes: novas variedades, colheita e plantio mecanizado, cogeração, etanol de milho e muitos outros exemplos que eram inimagináveis no início desse último quarto de século.No campo e nas indústrias os avanços são constantes: novas variedades, colheita e plantio mecanizado, cogeração, etanol de milho e inúmeras novas tecnologias, antes consideradas inimagináveis, tornaram-se parte do cotidiano do setor. Na próxima edição da Fenasucro & Agrocana, essa evolução do setor será evidenciada. A edição 2017 do evento, que é um dos mais importantes divulgadores da expertise nacional na produção de açúcar e etanol, além de propagador de novas tecnologias do setor, comemora o fato de ter andado lado a lado com o setor nesses últimos 25 anos. De 22 a 25 de agosto, em Sertãozinho, no interior de São Paulo, a feira dará espaço para mais de mil marcas em uma área de 70 mil metros quadrados. A expectativa da organização é que sejam recebidos 35 mil visitantes brasileiros e internacionais, que devem gerar R$ 3,1 bilhões em negócios. Essa também é a edição com mais tempo dedicado à troca de informações: serão 300 horas de palestras, workshops e conferências. Da virada tecnológica à retomada dos investimentosApesar de ter sido realizada pela primeira vez em 1993, a semente que daria origem à Fenasucro foi plantada alguns anos antes. Segundo relata o presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise BR), Aparecido Luiz, em 1985 o setor sucroalcooleiro estava em baixa devido às externalidades do Programa Nacional do Álcool (Proálcool). Assim, para estreitar o relacionamento entre os stakeholders do setor e para promover as indústrias e usinas da cidade de Sertãozinho, o Ceise e a Prefeitura de Sertãozinho realizaram a primeira edição da Sucroálcool, com exposição das empresas, seminários e shows. Depois de seis edições, surgiu a necessidade de tornar o evento nacional. Foi quando foi criado o Fórum Nacional de Política de Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro, a Fenasucro. Na safra anterior à realização da primeira Fenasucro – 1992/93 –, o Brasil produzia pouco mais de 223 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, colhidas praticamente 100% queimadas e manualmente. O plantio mecanizado ainda era um horizonte distante e o setor gerava uma força de trabalho humana de quase quatro milhões de pessoas, empregadas direta ou indiretamente. À época, o país ainda produzia um pouco mais de 9 milhões de toneladas de açúcar e 11 bilhões de litros de etanol. Além disso, o setor vinha passando por um processo desregulamentação do setor, iniciado no fim dos anos de 1980 e que se arrastou pela década de 1990. O processo começou em 1988, com o encerramento das quotas e do impedimento das exportações de São Paulo, sendo finalizado em 1999 com a liberação do preço do etanol hidratado, após as gradativas liberações do açúcar (1990), do álcool anidro (1997) e da cana-de-açúcar (1998). Assim, a década de 1990 lançava o desafio de substituir o protecionismo garantido pelo governo por profissionalização e investimento em pesquisas e tecnologias para melhorar a eficiência e reduzir custos de produção. A partir desse momento o setor e a Fenasucro não pararam de crescer, relata o presidente do Ceise BR. Segundo ele, o setor embarcou em uma significativa trajetória modernização tecnológica, envolvendo tanto as unidades processadoras quanto o campo, refletindo diretamente no aumento da produtividade da terra e do trabalho. Em relação à feira, a cada ano foram incorporadas novidades, com a integração de todos os elos da cadeia produtiva da cana-de-açúcar. “De certa forma, a realização [da Fenasucro] estimulou o desenvolvimento do setor que, a cada edição, apresenta inovações, atrai investidores do mundo todo, e recebe lideranças políticas e setoriais para discutir estratégias para as produções de açúcar, etanol e energia”, analisa. |
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Autor: Fonte: Divisão de Marketing RGÉ Equipamentos | |||||||||||||||||
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